01/12/2013

Acessórios alternativos meados anos 70

Em meados da década de 70 existia um furor em consumir acessórios para carros. As fabricas não ofereciam muitos opcionais, quase nada, na grande maioria apenas a pintura metálica. O comprador escolhia o modelo, Luxo ou Standard, mas aquilo que existe hoje chamado de pacote, nem pensar. Os rádios demoraram para vir de fabrica, isso ficava por conta do concessionário ou de lojas de acessórios.
Nesse quadro, as lojas independentes vendiam a rodo os produtos de fabricantes alternativos. O Rodão foi um exemplo, começou com uma pequena loja na Rua Augusta em São Paulo e chegou a possuir quatro lojas e ser dona da fabrica de rodas, a Binno.
Cada um queria personalizar melhor seu carro da melhor maneira e para isso, os principais produtos eram os bancos, rodas, instrumentos e volantes.
Claro que alguns modelos como o Puma, já vinham bem equipados e não sofriam tanta alteração como nos Fuscas, que vinham "pelados".
Aqui reuni os principais produtos e os modelos mais preferidos pelos jovens em 1973, 1974, 1975,1976.
Bancos obrigatoriamente deveriam ter reclinadores e o desenho da forração mais utilizado era com listas horizontais.
Buzinas tipo corneta não poderia faltar em um carro de "boy".
Nesses anos as rodas explodiram em quantidades de modelos, mas nem todas tinham boas vendas. Uma roda que era "in" foi a Cruz de Malta da Scorro. Primeiro vendida como opcional pela Puma e depois colocada à venda ao grande público pelo fabricante. A moda era usar a roda toda polida, dava muito trabalho, mas era uma das rodas que ficava mais bonita.
Novas ligas apareceram para acabar com o sofrimento de polir o magnésio, e o duralumínio foi uma delas.
Uma moda muito usada foi a roda de ferro com sobre aros de alumínio escovado ou metal cromado, usando calotas centrais originais ou alternativas com desenho mais moderno.
A conhecida roda "mixirica" ou "gomo" apareceu antes com um sucesso estrondoso, que durou quase uma década. A partir de 1975, ela era fabricada com uma liga que não perdia o brilho chamada de Antálio, assim como todos os modelos anteriormente fabricados em magnésio, que deixava de ser usado.
Muitos donos de Puma e Fusca trocaram suas rodas por esse modelo, com desenho similar ao um modelo de Porsche, mas nem todos gostaram desse desenho, mesmo no carro alemão.
Assim como as "mixiricas" as rodas "palitos" chegaram cedo e ficaram muitos anos no mercado, sendo fabricada apenas em 5 furos. Existiu a palito de 4 furos, com quatro palitos para VW, mas não pegou.
Essa roda da Scorro foi outra sensação a partir de 1975 ou 1976, sendo muito utilizada por conta do modismo de colocar rodas aro 13 nos carros, já que a grande maioria vinha com rodas de aro 14 ou 15 polegadas. Hoje é ao contrário, as rodas são aro 13 ou 14 e querem colocar aros maiores. As pessoas são do contra mesmo.
Uma roda muito querida por alguns e odiada por outros, essa era o modelo Scorro S30 fabricada em antálio. Ela veio em consequência do sucesso da roda S27. Por ser cruz, alguns não gostam. Nos anos 90 a chamaram de cruz de malta, mas não é a verdadeira Cruz de Malta de 1973.

 A Scorro S27 fez muito sucesso entre os carros que utilizavam rodas de 5 furos, como Opala, Maverick, Dodge, e principalmente nas pistas, o lugar onde ela nasceu em 1972, segundo o fabricante.
 A S27 marcou tanto que a Scorro atualmente lançou uma roda com desenho baseado nela e chamou de S207.
 O fabricante Stock foi um dos primeiros a utilizar a liga de duralumínio com esse modelo que fez bastante sucesso.
Depois com o sucesso do modelos de raios da Scorro, a Stock lançou seu modelo parecido, que não atingiu o sucesso da anterior.
A famosa roda "tijolinho" aro 13 polegadas. Entre a molecada, os "boys" para os velhos, não tinha outra roda, era a preferida, por ser a mesma que os carros de corrida utilizavam, como o Puma #48 de Angi Munhoz e José Martins. Foi adorada até o começo dos anos 80...
... Sempre com rodas cada vez mais largas.
Outra que apareceu e "pegou" foram os modelos da Titânio. A roda não era de titânio e sim de antálio, mas o nome do fabricante sugeria o material. Quem entendia da composição de materiais, ria quando alguém falava que eram feitas de titânio, o material mais duro e mais caro da Terra.
A linha de opções de aro e talas era grande na Titânio, sendo utilizada na maioria dos modelos de carros. Depois virou padrão para buggys, isso até a chegada das rodas "gaúchas" anos depois.
Mas nem só de rodas bonitas os carros de boys desfilavam pelas avenidas, tinha que exibir um lindo volante. O diâmetro sempre foi diminuído pelos consumidores e uma boa alternativa para deixar o carro "chic" era usar o volante F1, da Fittipaldi, muito utilizado nas pistas. Tudo que fosse bem nas pistas ia bem nas vendas.
Junto com o volante, os instrumentos exibiam beleza em qualquer painel. Quanto mais melhor. Claro que sempre existia alguém que extrapolava e acabava virando cafona. Mas em um verdadeiro carro de boy, não poderia deixar de ter pelo menos um contagiros, para mostrar que andava sempre em alta rotação ou tinha motor preparado.
 fonte: http://www.pumaclassic.com.br/2012/02/acessorios-alternativos-meados-anos-70.html

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